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SINOPSE DO LIVRO

Ana Petterson é uma jovem de apenas vinte anos lutando para sobreviver em meio ao caos instalado depois que assassinou seu próprio pai o qual abusava sexualmente dela. Sua luta maior será esquecer o passado para absorver as exigências do presente. Sua vida muda completamente quando seu caminho cruza-se com o da prostituta Ilma Esquiavo.

Marta França, uma mulher de quarenta e poucos anos enfrenta uma dura depressão depois de ter abandonado as crenças religiosas para se casar com João Francisco. Ela se vê dividida entre a família, a religião e a difícil tarefa de perdoar seu marido depois que ele a trai.

Faustino Denegri, um escritor famoso, comete um crime aos doze anos. Por vingança ele mata o irmão recém-nascido afogado numa banheira. Aos sessenta anos ele tem visões e ouve vozes do fantasma do bebê. Atormentado por essas alucinações ainda terá de enfrentar um câncer no cérebro e a tristeza de ir morrendo a cada dia.

No meio de tudo isso está Catharina França, uma mulher que sonha em ser atriz e verá sua vida ser atingida por Ana Petterson, Marta França e Faustino Denegri. Uma trama contundente marcada por encontros e desencontros, onde todos os personagens têm suas vidas entrelaçadas de alguma forma. Uma história de assassinatos e segredos, genialidade e loucura.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

HOMOSSEXUALIDADE: O QUE PENSO A RESPEITO.

A homossexualidade não é uma doença psíquica como há muito tempo se pensou a respeito. Antes classificada como um transtorno de personalidade, a homossexualidade foi retirada do Manual Diagnóstico e Estatístico dos Transtornos Mentais (DSM-IV), não sendo, portanto, considerada algo a ser curado.

Eu não poderia apontar uma causa única para a homossexualidade. É um erro acreditar que seja genético ou ligado a uma função fisiológica. Já houve vários tipos de investigações, mas até hoje não se chegou a uma conclusão convincente, somente especulações. No entanto, posso dizer que existam várias causas de ordem psíquica, social e familiar que, atuando em conjunto e em várias etapas da vida pregressa de uma pessoa desencadeariam uma formação homossexual.

Também não penso na homossexualidade como uma opção consciente. Ninguém escolheria seguir pelo caminho mais difícil. As pessoas não se tornam homossexuais da noite para o dia. Decidem apenas mais cedo ou mais tarde assumirem sua realidade.

A sociedade e as igrejas ainda não se encontram preparadas para lidar com a questão, apesar de todos os avanços em direção a luta contra o preconceito. Acho lamentável que, num país laico como o Brasil, o cristianismo exerça grande influência nas decisões de ordem política a respeito dos direitos homossexuais e da lei que torna crime atos de homofobia. O Brasil é o país onde se registra o maior número de assassinatos de homossexuais e travestis e é preciso fazer algo.

Como disse logo no início, não existe cura para a homossexualidade. Mesmo assim as igrejas tendem a pregar o contrário. Acredito sim, numa mudança de conduta sexual: homens e mulheres homossexuais que, devido a uma crença religiosa, se submetem a um casamento heterossexual com o objetivo de se enquadrarem dentro das leis e diretrizes que regem uma determinada religião. Conheci muitos que assim o fizeram, mas me confessaram que o desejo por outras pessoas do mesmo sexo ainda persisti.

No primeiro texto, eu disse que o que determina o que somos está para além de traços biológicos e hormônios. Somos o resultado de uma construção que só pode ser avaliada levando-se em consideração toda a história de vida de uma pessoa.

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