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SINOPSE DO LIVRO

Ana Petterson é uma jovem de apenas vinte anos lutando para sobreviver em meio ao caos instalado depois que assassinou seu próprio pai o qual abusava sexualmente dela. Sua luta maior será esquecer o passado para absorver as exigências do presente. Sua vida muda completamente quando seu caminho cruza-se com o da prostituta Ilma Esquiavo.

Marta França, uma mulher de quarenta e poucos anos enfrenta uma dura depressão depois de ter abandonado as crenças religiosas para se casar com João Francisco. Ela se vê dividida entre a família, a religião e a difícil tarefa de perdoar seu marido depois que ele a trai.

Faustino Denegri, um escritor famoso, comete um crime aos doze anos. Por vingança ele mata o irmão recém-nascido afogado numa banheira. Aos sessenta anos ele tem visões e ouve vozes do fantasma do bebê. Atormentado por essas alucinações ainda terá de enfrentar um câncer no cérebro e a tristeza de ir morrendo a cada dia.

No meio de tudo isso está Catharina França, uma mulher que sonha em ser atriz e verá sua vida ser atingida por Ana Petterson, Marta França e Faustino Denegri. Uma trama contundente marcada por encontros e desencontros, onde todos os personagens têm suas vidas entrelaçadas de alguma forma. Uma história de assassinatos e segredos, genialidade e loucura.

domingo, 5 de junho de 2011

AS FASES DE UM DOENTE TERMINAL: NEGAÇÃO, RAIVA, BARGANHA, DEPRESSÃO e ACEITAÇÃO.

Em seu trabalho com pacientes terminais, a psiquiatra Elisabeth Kübler-Ross fez algumas observações sobre o assunto. Publicou o livro “Sobre a Morte e o Morrer”, no qual a partir de uma pesquisa minuciosa junto a pacientes terminais, pontuou os cinco estágios pelas quais percorre um indivíduo ao receber um diagnóstico fatídico. Na época, seus alunos recorreram a ela para solicitar ajuda num trabalho que objetivava pesquisar “as crises da vida humana”. Depois de longas discussões ficou acordado que a maior das crises era a morte. Mas era inviável realizar um projeto de pesquisa onde a morte era o assunto principal, pois não existem relatos de quem já morreu e tudo o que se sabe sobre o que existe após o morrer encontra-se no campo do mistério e das religiões. Kübler-Ross então teve a brilhante ideia de realizar entrevistas junto a pacientes terminais. As entrevistas resultaram num trabalho inédito na área e que serve de referência até hoje. Nele, ela relatou fases pelas quais todo paciente passa desde o momento em que recebe um diagnóstico até à morte. Essas fases são as seguintes: negação (“Isso não pode estar acontecendo comigo”!), onde o paciente vai em busca de outras opiniões médicas e demora um tempo a ter consciência da doença; raiva (“Por que eu? Porque isso está acontecendo comigo?”) – nesta fase o paciente apresenta revolta contra o mundo ou contra Deus pela circunstância em que se apresenta, classificando como injusto estar doente; barganha (“Talvez se for bom ou se fizer as coisas certas, Deus pode me libertar”) – o paciente acredita poder ser recompensado se tiver um bom comportamento; depressão, quando o paciente não pode mais esconder ou negar a doença, tendo de se submeter aos diversos tratamentos e cirurgias, sentindo-se cansado e com pouca força para continuar lutando e por último temos a fase de aceitação, quase “uma fuga de sentimentos”, como se toda a luta tivesse cessado e chegasse a hora de aceitar de forma definitiva e próprio fim.

Foi verificado que uma característica comum em todas as fases é a esperança por parte do paciente, uma esperança que muitas vezes se apresenta em maior ou menor grau. Como explica Kübler-Ross, em muitos casos, ela está calcada numa “formação religiosa sólida”. Segundo Kübler-Ross, “esta esperança pode vir sob a forma de uma descoberta nova, um novo achado em pesquisa de laboratório, ou sob a forma de uma nova droga ou soro; pode vir como um milagre de Deus”. A autora nos revela que a morte, na verdade, não é o grande problema para o paciente terminal, mas o medo de morrer nasce da desesperança e do desamparo que acompanha a doença. A religião tem oferecido esperança e sentido. Quando um paciente não dá mais sinal de esperança, geralmente, é prenúncio de morte iminente, pois não está na natureza humana aceitar a morte sem abrir uma porta para uma esperança qualquer.

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